Sebastião Salgado fez arte para gerar impacto e conscientizar, diz ministra
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lamentou hoje a morte de Sebastião Salgado, um dos maiores fotógrafos do mundo, e disse que o profissional usou sua arte para impactar e conscientizar. As declarações ocorreram durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL.
Uma notícia impactante perder, de repente, esse grande fotógrafo, essa pessoa que dedicou a vida para mostrar o nosso país, mas se dedicou muito mais a testemunhar ações para conscientização, de nos relacionarmos de outra forma, com seres humanos e também com a natureza. Margareth Menezes, ministra da Cultura
Sebastião Salgado morreu hoje, aos 81 anos, em Paris, na França. A informação foi confirmada pelo Instituto Terra, organização não governamental para recuperação ambiental fundada por Salgado.
Ele morava com a mulher, Lélia Salgado, e o Filho Rodrigo, em um apartamento em Paris, perto da Praça da Bastilha. O estúdio dele na cidade guarda um acervo com mais de 500 mil imagens.
Em uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, publicada em fevereiro de 2024, o profissional declarou que, ao completar 80 anos, o corpo não era mais o mesmo e havia chegado a hora de deixar de lado as grandes reportagens. À época, o artista garantiu que a iminência da morte não o assombrava.
Então, é uma dor profunda com a perda, irreparável. Nós estávamos aqui, em uma reunião, quando a notícia chegou. Houve um silêncio na nossa sala.
O planeta já está em um momento de estresse, mas ele conseguiu mostrar todos os efeitos climáticos sobre a natureza estressada. Então, se nós não retroagirmos um pouco, onde nós iremos parar?
E o Sebastião Salgado usou a arte para criar esse impacto. Ele usou de sua arte para impactar a consciência de todo mundo que teve o à arte dele.
Eu acho que cada vez mais nós deveremos fazer essa reflexão para o quê nós estamos escolhendo como sociedade e também como humanidade. Margareth Menezes, ministra da Cultura
Josias se emociona ao falar de Sebastião Salgado: 'Ele produzia obras de arte'
O colunista do UOL Josias de Souza se emocionou ao falar sobre a morte do fotógrafo Sebastião Salgado, seu ex-colega de trabalho, durante comentário no UOL News. Os dois trabalharam juntos no jornal Folha de S.Paulo.
O Salgado não produzia fotos, produzia obras de arte. E quem tinha... (pausa). Ele tinha uma sensibilidade extraordinária. E fico imaginando o sofrimento da companheira dele, a Lélia.
Além de extraordinário fotógrafo, foi um militante sobre determinados causas e teve aventuras de estar sempre do lado adequado. Se exilou na França e estabeleceu o seu trabalho ali com os principais meios de comunicação do mundo. Ganhou a perenidade dos livros.
Cada foto era uma série da vida dele. É um brasileiro que, de fato, orgulha o país. É uma pena. Perdemos uma pessoa que dignifica o Brasil. Vai fazer falta. Josias de Souza, colunista do UOL
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