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99 e Uber Moto seguem funcionando mesmo após Justiça proibir serviço em SP

Prefeitura de SP é contra o serviço de mototáxi para o transporte de ageiros - Paulo Pinto/Agência Brasil/Paulo Pinto/Agência Brasil
Prefeitura de SP é contra o serviço de mototáxi para o transporte de ageiros Imagem: Paulo Pinto/Agência Brasil/Paulo Pinto/Agência Brasil
do UOL

Do UOL, em São Paulo*

21/05/2025 16h38

A Uber e a 99 continuam ofertando o serviço de transporte de ageiro por moto mesmo após decisão judicial mandar barrar a operação em São Paulo.

O que aconteceu

O transporte por moto está disponível para moradores da capital paulista nos dois aplicativos no início da tarde de hoje. O UOL simulou pedidos de corrida e os preços seguem chamando a atenção, com cobrança de R$ 0,59 para um trecho de mais de 3 km na Uber. Na 99, uma corrida que custa, em média, R$ 17 está saindo por R$ 4,50.

Uber afirma que está amparada legalmente para continuar operando. A empresa diz que tem um mandado de segurança assegurando a legalidade da atividade. Além disso, apontam que estão "à disposição para colaborar com o poder público".

A Uber informa que apresentou petição com pedido de esclarecimentos diante da recente decisão judicial relacionada ao serviço de motoapps na cidade de São Paulo e aguarda a manifestação do Tribunal de Justiça.
Uber, em nota

99 diz que foi notificada e que opera com respaldo legal. A empresa relatou que está dentro do prazo para encaminhar resposta ao Juízo e, enquanto isso, pede esclarecimentos ao desembargador responsável pela decisão.

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Preços cobrados pelos apps para transporte por moto
Imagem: Captura de tela/Uber/99

Empresas foram notificados, mas têm oito dias para dar retorno de confirmação de leitura da intimação. Ao UOL, O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) explicou que as empresas estão cientes da determinação judicial, mas que há uma questão técnica que determina que a empresa tenha um prazo para responder ao Juízo se ficou ciente ou não do que foi estabelecido.

A Prefeitura de São Paulo diz que notificou as empresas para cumprirem a decisão judicial. Em nota, a Procuradoria Geral do Município disse que "está tomando as medidas judiciais cabíveis em virtude do descumprimento da decisão judicial".

Vaivém na Justiça

No último dia 16, o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu os serviços de mototáxi por aplicativo na capital paulista.A decisão ocorreu dois dias depois de uma liminar ter liberado a operação. O desembargador Eduardo Gouvêa, da 7ª Câmara de Direito Público do TJ, acatou pedido de suspensão feito pela Prefeitura de São Paulo, com base em decreto municipal que proíbe o serviço no município, e deu prazo de 90 dias para que o serviço seja regulamentado pela Prefeitura.

Dois dias antes, no dia 14, o juiz Josué Vilela Pimentel, da 8a. Vara da Fazenda Pública da capital, havia considerado inconstitucional o decreto municipal, baixado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que proibia o transporte remunerado de ageiros em motos no município. O prefeito alega a falta de segurança e o alto índice de letalidade do serviço. Segundo a Prefeitura, o número de mortes de motociclistas no trânsito de São Paulo subiu de 403 em 2023 para 483 no ano seguinte.

*Com Estadão Conteúdo

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