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Exportações agrícolas do RS caem 23% antes mesmo da gripe aviária

Após estiagem e surto de gripe aviária, exportações gaúchas caíram em abril - Unsplash
Após estiagem e surto de gripe aviária, exportações gaúchas caíram em abril Imagem: Unsplash

Do UOL, em São Paulo

21/05/2025 19h05

No mês que antecedeu o surto de gripe aviária, as exportações do agronegócio no Rio Grande do Sul caíram 23% em valor e 40% em volume exportado em abril na comparação com o quarto mês do ano ado, informou hoje a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

O que aconteceu

O agronegócio gaúcho exportou 23% menos em abril. Foram US$ 824 milhões exportados, contra US$ 1,09 bilhão no mesmo período de 2024.

Em volume exportado, a queda foi ainda maior: 1,09 milhão de toneladas exportadas no quarto mês do ano, queda de 40% em relação a abril do ano ado, quando 1,8 milhão de toneladas foram vendidas para o exterior.

No acumulado de 2025, o agronegócio gaúcho exportou US$ 4,1 bilhões. Se incluir na conta os meses de janeiro, fevereiro e março, esse valor representa alta de 3,3% na comparação com o mesmo período de 2024.

Essa diminuição se deve principalmente aos grãos, como a soja. "É um reflexo direto da estiagem que assola o Rio Grande do Sul", diz a entidade em nota.

O resultado poderia ser ainda pior se não fossem as exportações de carne vermelha. Os principais compradores da carne bovina gaúcha foram os Estados Unidos, enquanto a carne suína foi exportada principalmente para as Filipinas e Chile.

A exportação de carne de frango, porém, caiu. "A carne de frango teve uma queda, que se explica pela suspensão das compras pelo mercado chinês", diz o relatório. Essa queda será ainda maior em maio, quando for contabilizada a queda nas exportações do produto após a divulgação do surto de gripe aviária, no dia 16 de maio.

A Ásia (sem Oriente Médio) foi a principal parceiro comercial do estado. Foram vendidos US$ 323 milhões em abril, seguia por Europa (US$ 174 milhões) e América do Norte (US$ 86 milhões).

Entre os países, a China lidera. O gigante asiático comprou US$ 116 milhões, 13,8% do total. "Em segundo lugar temos os Estados Unidos, com 8,7%, Bélgica, com 5,2%, Turquia, com 4,3%, e Vietnã, com 4,2%", concluiu a Farsul.

60 países recusam frango brasileiro

A lista de países que suspenderam as exportações de frango do Brasil aumetou. A relação atualizada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) traz Arábia Saudita, Bielorrússia, Bósnia e Herzegovina, Japão, Jordânia, Filipinas, Iraque, Macedônia, Montenegro, Tajiquistão, Timor-Leste e a Ucrânia como novidade, na comparação com relatório da manhã de ontem.

O Mapa permanece em articulação com as autoridades sanitárias dos países importadores, prestando, de forma ágil e transparente, todas as informações técnicas necessárias sobre o caso. As ações adotadas visam garantir a segurança sanitária e a retomada segura das exportações o mais breve possível.
Ministério da Agricultura, em nota

Restrições surgem após confirmação de caso de gripe aviária. A confirmação realizada na sexta-feira da semana ada representa o primeiro registro da presença do vírus na avicultura comercial brasileira. Expectativa do MAPA é de que as exportações sejam retomadas "o mais breve possível".

Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Com 35,4% da produção dedicada ao mercado externo, o volume de embarques da proteína foi de 5,3 milhões de toneladas no ano ado. A destinação para 151 países totalizou US$ 9,9 bilhões, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).

Embargos a todo território nacional:

  1. África do Sul
  2. Argentina
  3. Bolívia
  4. Canadá
  5. Chile
  6. China
  7. Coreia do Sul
  8. Filipinas
  9. Jordânia
  10. Iraque
  11. Malásia
  12. Marrocos
  13. México
  14. Paquistão
  15. Peru
  16. República Dominicana
  17. Sri Lanka
  18. Timor-Leste
  19. União Europeia (Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Suécia)
  20. União Eurasiática (Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia)
  21. Uruguai

Restrições limitadas ao Rio Grande do Sul:

  1. Bahrein
  2. Bósnia e Herzegovina
  3. Cazaquistão
  4. Cuba
  5. Macedônia
  6. Montenegro
  7. Reino Unido
  8. Tajiquistão
  9. Ucrânia

Embargos somente à cidade de Montenegro (RS):

  1. Arábia Saudita
  2. Japão

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