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Atividade empresarial dos EUA melhora em maio, mostra PMI

22/05/2025 11h05

Por Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - A atividade empresarial dos Estados Unidos acelerou em maio em meio a uma trégua na guerra comercial com a China, mas as tarifas abrangentes do presidente Donald Trump sobre produtos importados elevaram os preços para empresas e consumidores.

A pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) da S&P Global indicou nesta quinta-feira uma aceleração da inflação nos próximos meses e desaceleração do mercado de trabalho, um lembrete de que a estagflação continua sendo um risco para a economia apesar das medidas do governo Trump para diminuir as tensões comerciais com Pequim.

Os atrasos nas entregas de produtos manufaturados foram os mais longos em 31 meses, enquanto as exportações de serviços, incluindo os gastos de visitantes estrangeiros nos EUA, caíram no ritmo mais acentuado desde os bloqueios da pandemia de Covid-19 no início de 2020.

Houve uma queda acentuada no turismo e vendas menores de agens aéreas e reservas de hotéis desde que Trump lançou uma repressão à imigração e expressou repetidamente seu desejo de tornar o Canadá o 51º Estado dos EUA e adquirir a Groenlândia.

O PMI Composto preliminar dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, aumentou de 50,6 em abril para 52,1 neste mês. Leitura acima de 50 indica expansão no setor privado.

O PMI preliminar de manufatura subiu de 50,2 para 52,3 em maio. Economistas consultados pela Reuters previam queda para 50,1.

O PMI preliminar de serviços subiu de 50,8 em abril para 52,3 em maio. A expectativa era de que o índice ficaria inalterado.

A pesquisa foi realizada no período de 12 a 21 de maio, depois que a Casa Branca anunciou um acordo para reduzir as tarifas sobre as importações da China de 145% para 30% por 90 dias.

"Pelo menos parte da recuperação em maio pode estar ligada ao fato de as empresas e seus clientes terem procurado se antecipar a outras possíveis questões relacionadas a tarifas, principalmente o potencial para futuros aumentos de tarifas depois que a pausa de 90 dias expirar em julho", disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.

Williamson observou que os estoques de insumos atingiram o maior nível em 18 anos devido às preocupações com a escassez de oferta relacionada a tarifas e aumentos de preços.

Uma medida dos preços pagos pelas empresas por insumos saltou para 63,4, o nível mais alto desde novembro de 2022, de 58,5 em abril. As empresas rearam os custos mais altos aos consumidores. O indicador da pesquisa de preços cobrados pelas empresas por bens e serviços subiu para 59,3, patamar mais elevado desde agosto de 2022, em comparação com 54,0 em abril.

Um indicador de emprego caiu de 50,2 no mês ado para 49,5 em maio, "refletindo principalmente as preocupações com as perspectivas de demanda futura, mas também em resposta às preocupações com o aumento dos custos e a escassez de mão de obra".

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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