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De Félix a Talles: Dorival rasga elogios a corintianos, mas quer reforços

do UOL

Do UOL, em São Paulo

22/05/2025 00h49

O técnico Dorival Júnior, do Corinthians, rasgou elogios a diferentes atletas do elenco após a vitória por 1 a 0 sobre o Novorizontino, que colocou o alvinegro nas oitavas de final da Copa do Brasil. Ele, no entanto, não escondeu o desejo por reforços para a janela do meio do ano.

O que Dorival falou?

Félix? Elogiado. "Fico feliz pelo Félix. É um garoto que, quando chegamos aqui, atravessava um momento complicado. Conversamos com ele para ter paciência e que se preparasse. Trabalhamos muito com ele nestes últimos 10 dias. Foi importante para que ele pudesse fazer duas partidas nas condições que ele nos apresentou. É exaltar o trabalho de todos, em especial dele, que acreditou muito nessa recuperação. Era impossível pensarmos que um jogador desse nível, atuando na seleção de seu país, não estivesse entregando no Corinthians tudo o que ele poderia realizar. É satisfatório."

Cacá? Elogiado. "Eu jamais vou desistir de um jogador — a não ser que ele desista dele próprio. Como treinador, não posso fazer isso. É natural que, de repente, você oportunize alguns jogadores uma, duas, cinco ou seis vezes. Para outros, de repente, você não consegue dar uma condição como esta. Depende do momento dele para que ele possa continuar merecendo. O Cacá vem em processo de evolução, hoje fez uma partida muito importante em aspectos comportamentais, principalmente quando entrava com a bola dominada, abrindo espaço para que os jogadores pudessem trabalhar. Tudo é questão de tempo e confiança. Vamos continuar confiando nos atletas."

Dorival Júnior, técnico do Corinthians, durante jogo contra o Novorizontino - Fabio Giannelli/AGIF - Fabio Giannelli/AGIF
Dorival Júnior, técnico do Corinthians, durante jogo contra o Novorizontino
Imagem: Fabio Giannelli/AGIF

Maycon? Elogiado. "Eu respeito a opinião de todos, mas eu vejo dinâmica. O Maycon está fazendo a bola fluir com mais naturalidade e isso é importante. Um meio-campista precisa desse dinamismo. Mesmo que ele não esteja totalmente recuperado do que ou, ele vem em um processo de evolução. Até o início da partida, vinha chamando a atenção dele por estar um pouquinho disperso, mas ele se reencontrou e voltou a fazer a bola andar. É o que queremos."

Talles Magno? Elogiado. "O Talles foi decisivo na partida em Novo Horizonte e hoje novamente. Temos um cuidado com ele. Ele teve esse problema de pneumonia. Ele jogou a partida inteira em Novo Horizonte e teve um desgaste impressionante, tanto é que não o usamos nas partidas seguintes porque não conseguia alcançar uma recuperação principalmente pela pneumonia. É um fato normal, eram poucos dias de sua liberação. Ele vem evoluindo a cada treinamento. É questão de uma regularidade e sequência, o jogador precisa disso, você não consegue avaliar o jogador por uma ou duas apresentações."

Yuri Alberto, do Corinthians, celebra gol sobre o Novorizontino - Fabio Giannelli/AGIF - Fabio Giannelli/AGIF
Yuri Alberto, do Corinthians, celebra gol sobre o Novorizontino
Imagem: Fabio Giannelli/AGIF

Yuri? Elogiado. "Não sei o que pensa o Ancelotti — e espero que ele seja muito feliz na seleção. Caso ele tenha feito essa opção [de convocar Yuri Alberto], naturalmente ele terá um jogador que vive uma fase muito interessante. Ele é oportunista. Luta 90 minutos e, diante dessa entrega, acaba criando oportunidades."

Elogios, sim. Reforços? Também. "Eu não quero perder ninguém e ainda quero ganhar alguns atletas. Isso vai ser importante e tenho certeza que nossa diretoria trabalhará para que isso aconteça. Vamos evitar saídas e aguardar chegadas."

Raniele em ação durante Corinthians x Novorizontino, duelo da Copa do Brasil - Fabio Giannelli/AGIF - Fabio Giannelli/AGIF
Raniele em ação durante Corinthians x Novorizontino, duelo da Copa do Brasil
Imagem: Fabio Giannelli/AGIF

Posicionamento de Raniele. "A intenção é encontrar um posicionamento em que ele se sinta confortável. Ele tem coisas muito próximas de um meia que possa jogar rompendo [as linhas] não só posicionado. Logicamente que a primeira função dele é essa, inclusive como zagueiro — é um jogador que tem essa característica. Ele tem coisas muito positivas do meio para frente que a gente possa aproveitar. É um jogador importante dentro do grupo."

Jogo chato? Defensivamente, são sete jogos e, em quatro deles, não tomamos gols. O principal de tudo isso é que não estamos sofrendo, é um ponto a se valorizar. Os posicionamentos e comportamentos estão sendo respeitados, a equipe joga de uma maneira segura. Estamos devendo no sentido de buscar uma criação mais efetiva, mas o equilíbrio virá a partir do momento que tenhamos dois jogadores de muito bom nível, que são Garro e Memphis, em totais condições e recuperados para a sequência."

Quando Garro e Memphis voltam? "Está difícil, estamos acompanhando a evolução dia a dia. Hoje, eles treinaram e estão intensificando, mas não tenho como falar se teremos eles neste final de semana, no meio da semana que vem ou no outro fim de semana. É um processo moroso e um pouco mais lento. Cada um tem uma dificuldade inicial, mas com processo crescente. Eles estão tendo uma abordagem maior do departamento físico, que está liberando eles para trabalhos mais intensos e com bola. Isso é um avanço muito importante."

Novas funções e posicionamentos. "Existe uma memória das funções que os jogadores faziam — e não quero que eles as percam, mas que acrescentem algumas outras para que eles possam também buscar um crescimento. Isso é um detalhe que, na carreira de cada um, é muito importante. O Wesley, em 2010, era um atacante que tinha dificuldade de jogar no Santos. Ele foi emprestado ao Athletico e, no retorno dele, colocamos como volante. Em cinco ou seis meses, fez dois belos campeonatos e acabou vendido para um clube alemão. O jogador não precisa perder nada do que já possui, mas tem que tentar acrescentar algumas características que serão importantes."

Pedidos por ritmo mais intenso. "A torcida vai apupar naturalmente nos momentos em que percebe que a equipe precisa de uma movimentação mais direta, é um fato natural. Eu nunca vi uma torcida incentivar e estar tanto ao nosso lado como a torcida do Corinthians. Os apupos foram muito pequenos em razão de toda a evolução que a equipe vem tendo — que é nítida. A equipe vem adquirindo confiança e começando a encorpar."

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