Topo
Notícias

Polônia vota em segundo turno presidencial entre um pró-europeu e um nacionalista

Candidatos à presidência na Polônia - Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia e pró-UE, e o historiador nacionalista Karol Nawrocki - REUTERS/Kaer Pempel
Candidatos à presidência na Polônia - Rafal Trzaskowski, prefeito de Varsóvia e pró-UE, e o historiador nacionalista Karol Nawrocki Imagem: REUTERS/Kaer Pempel

01/06/2025 09h35

Os poloneses votam neste domingo (1º) em um segundo turno presidencial acirrado que pode ter consequências para o papel do país na União Europeia e para os direitos da comunidade LGBTQIA+.

O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, um pró-europeu de 53 anos e um aliado do governo centrista, enfrenta o historiador nacionalista Karol Nawrocki, de 42 anos.

As pesquisas de opinião apontam para um resultado próximo, com 50,1% dos votos para Nawrocki e 49,9% para Trzaskowski, uma diferença mínima que está dentro da margem de erro.

Os centros de votação fecham às 19h00 GMT (16h de Brasília) neste Estado-membro da UE e da Otan que faz fronteira com a Ucrânia, que tem apoiado seu vizinho na guerra contra a Rússia.

Ao meio-dia, a participação era de 24,83%, ligeiramente superior à eleição presidencial de 2020 (24,73%). Os dois candidatos votaram em Varsóvia.

Uma pesquisa de boca de urna é esperada logo após o encerramento da votação, e as autoridades eleitorais preveem que o resultado oficial será conhecido na segunda-feira (2). 

Os presidentes da Polônia, um país em rápido crescimento econômico com 38 milhões de habitantes, têm o poder de vetar leis e são os comandantes em chefe das Forças Armadas.

Uma vitória de Trzaskowski seria um impulso para a agenda progressista do primeiro-ministro Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu. Isto poderia significar mudanças sociais, como a introdução de uniões civis para casais do mesmo sexo e uma flexibilização da proibição quase total do aborto na Polônia. 

Em contrapartida, se Nawrocki triunfar, fortaleceria o partido populista Lei e Justiça (PiS), que governou o país de 2015 a 2023, e poderia levar a novas eleições parlamentares. 

Muitos apoiadores do nacionalista querem controles migratórios mais rígidos e defendem valores conservadores e uma maior soberania em relação à UE. 

"Não devemos ceder à pressão europeia", disse a dona de casa Agnieszka Prokopiuk, de 40 anos, antes da votação. 

Mas muitos dos apoiadores de Trzaskowski defendem uma maior integração à Europa e a aceleração das reformas sociais.

A guia turística Malgorzata Wojciechowska espera que o candidato pró-europeu "relance o debate sobre o aborto para que finalmente vivamos em um país livre onde possamos ter nossa própria opinião", acrescentou.

bur-amj/mas/pc/yr

© Agence -Presse

Notícias