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SPE da Fazenda mantém projeção de alta do PIB a 2,4% em 2025

Brasília

30/05/2025 13h36

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda informou que manterá a projeção de crescimento do PIB de 2025 em 2,4%, apesar de o resultado do primeiro trimestre deste ano, divulgado mais cedo pelo IBGE, ter ficado "levemente" abaixo do esperado. Em nota, a pasta reconheceu que o avanço de 1,4% do PIB nos primeiros três meses do ano foi inferior às projeções de mercado - a mediana do Projeções Broadcast era de 1,5% - e do próprio governo, que estimava crescimento de 1,6%. Com esse resultado, o carrego estatístico ou de 0,5% para 1,8%.

"Por setor, comparativamente às expectativas da SPE para o resultado na margem, surpreendeu o menor crescimento do PIB de serviços, principalmente devido às variações inferiores às projetadas para serviços de informação, imobiliários e prestados às famílias", diz a nota.

Os resultados para PIB da agropecuária e da indústria também foram um pouco inferiores aos projetados. A SPE destaca que no caso da indústria, a surpresa foi a maior queda na produção da transformação e o recuo da construção.

Já avaliando a ótica da demanda, a nota destaca que a absorção doméstica continuou contribuindo positivamente para o crescimento, e isso mais do que compensou a contribuição negativa vinda do setor externo. "Atividades menos sensíveis ao ciclo monetário e de crédito contribuíram em maior magnitude para explicar a expansão da atividade no primeiro trimestre, com destaque para a agropecuária. Em contrapartida, a contribuição de componentes menos cíclicos foi relativamente menor, embora também positiva", diz o texto.

Assim como o Ministério do Planejamento, a nota da Fazenda destaca a taxa de investimento, que avançou de 17,1% para 17,8% do PIB, "refletindo a maior expansão da formação bruta de capital fixo comparativamente ao avanço do PIB em valores correntes".

Perspectivas

Apesar de o PIB do primeiro trimestre ter vindo levemente abaixo do esperado, a SPE segue projetando alta de 2,4% para a economia em 2025, "considerando a resiliência que vem sendo observada tanto no mercado de trabalho como de crédito".

A expectativa é de que a partir do segundo trimestre, a contribuição da agropecuária se torne negativa e que haja uma redução do ritmo de expansão de atividades cíclicas na comparação interanual. "Para a segunda metade do ano, a perspectiva é de que o ritmo de crescimento se mantenha próximo à estabilidade na margem, repercutindo os efeitos contracionistas da política monetária", diz o texto.

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