O Jeep Renegade acaba de completar 10 anos de produção no Brasil, e até ganhou uma merecida série comemorativa. No mercado de usados o SUV vai muito bem, tanto que foi o utilitário mais vendido no mês ado.
Sendo assim, decidi dar algumas dicas para quem pretende colocar um Renegade usado na garagem, considerando as quatro principais configurações: 1.8 flex, 2.0 diesel, 1.3 flex 4x2 e 1.3 flex 4x4.
Começo pelo 1.8 flex, que pode ter câmbio manual ou automático. Se for o manual, é um carro tranquilo de manter. Ele usa o motor eTorque — na verdade é 1.75, mas a Jeep arredondou pra 1.8 —, o mesmo usado em vários modelos da Fiat.
É um motor com corrente de comando, ou seja, manutenção mais simples. Porém, não espere muito desempenho: o Renegade é pesado, então esse motor sofre um pouco.
Agora, se for o automático, atenção redobrada: existe um problema bem conhecido relacionado ao trocador de calor. Recomendo verificar se esse item já foi substituído. E se não foi, vale a pena trocar, ou até instalar um kit com o trocador da versão diesel, que tem radiador externo — muitos donos têm feito essa adaptação com sucesso.
Já o Renegade a diesel, que infelizmente saiu de linha, tem a fama de ser mais robusto, mas com manutenção e seguro mais caros. Só recomendo essa versão se você realmente vai rodar muito com o carro. A vantagem é a tração nas quatro rodas, ideal para quem realmente precisa disso.
Agora os mais modernos: o 1.3 turbo flex com tração dianteira é, na minha opinião, a melhor opção para uso diário. Mas tem que ficar de olho no nível do líquido de arrefecimento e na lubrificação, porque motores turbo tendem a consumir mais óleo e água. Já vi vários com pouca quilometragem apresentando esse tipo de consumo — então atenção redobrada.
Por fim, o mesmo 1.3 turbo, mas com tração nas quatro rodas, só vale a pena se você realmente precisa do 4x4. Essa versão é mais pesada, tem eixo cardã, diferencial traseiro, e tudo isso faz o consumo subir bastante. É um carro bem mais gastão que o 4x2.