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Museu onde israelenses foram mortos recebia evento para jovens diplomatas

O Museu Judaico em Washington, EUA - Reprodução/Google Street View
O Museu Judaico em Washington, EUA Imagem: Reprodução/Google Street View
do UOL

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte*

22/05/2025 08h10

O Museu Judaico de Washington, nos EUA, recebia um evento para jovens diplomatas quando dois funcionários de Israel foram assassinados na noite de ontem.

O que aconteceu

Evento foi organizado pelo American Jewish Committee (Comitê Judaico Americano, em tradução livre). A recepção acontece anualmente e reúne jovens profissionais judeus e membros da comunidade diplomática.

Ataque aconteceu ao final do evento, no lado de fora do museu. Em comunicado, o presidente do comitê, Ted Deutch, lamentou o caso. "Estamos devastados com um ato de violência indescritível que ocorreu em frente ao local".

O Museu Judaico fica no centro de Washington DC, perto do Capitólio e a um quilômetro e meio da Casa Branca. "Estes assassinatos horríveis em Washington, D.C., obviamente motivados pelo antissemitismo, devem acabar, AGORA!", publicou Trump em sua plataforma Truth Social.

Dois funcionários da da embaixada de Israel foram baleados e mortos quando saíam do Museu Judaico em Washigton DC - Jonathan Ernst/Reuters - Jonathan Ernst/Reuters
Dois funcionários da da embaixada de Israel foram baleados e mortos quando saíam do Museu Judaico em Washigton DC
Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

O atirador foi visto caminhando de um lado para o outro no lado de fora do museu antes do ataque. Então, ele se aproximou de um grupo de quatro pessoas e atirou, segundo informações da polícia de Washington.

A polícia foi alertada sobre o tiroteio perto do museu por volta das 21h (22h em Brasília). Quando as autoridades chegaram ao local, encontraram uma mulher e um homem inconscientes e sem respiração. Apesar dos esforços da equipe, eles não sobreviveram.

As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim. Eles eram um casal jovem que planejava se casar em breve, segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter.

O suspeito, identificado como Elías Rodríguez, de 30 anos, foi preso. Ao ser algemado, ele teria gritado "Palestina livre", segundo a polícia. As autoridades acreditam que ele é o único responsável pelo ataque.

O embaixador de Israel, Danny Danon, classificou o incidente como um ato de terrorismo antissemita. "Prejudicar a comunidade judaica é cruzar a linha vermelha. Estamos confiantes de que as autoridades americanas tomarão medidas enérgicas contra os responsáveis por este ato criminoso".

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o reforço da segurança das missões diplomáticas de seu país em todo o mundo. Ele atribuiu o ataque à "selvagem incitação" à violência "contra o Estado de Israel".

(Com AFP)

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