Museu onde israelenses foram mortos recebia evento para jovens diplomatas

O Museu Judaico de Washington, nos EUA, recebia um evento para jovens diplomatas quando dois funcionários de Israel foram assassinados na noite de ontem.
O que aconteceu
Evento foi organizado pelo American Jewish Committee (Comitê Judaico Americano, em tradução livre). A recepção acontece anualmente e reúne jovens profissionais judeus e membros da comunidade diplomática.
Ataque aconteceu ao final do evento, no lado de fora do museu. Em comunicado, o presidente do comitê, Ted Deutch, lamentou o caso. "Estamos devastados com um ato de violência indescritível que ocorreu em frente ao local".
O Museu Judaico fica no centro de Washington DC, perto do Capitólio e a um quilômetro e meio da Casa Branca. "Estes assassinatos horríveis em Washington, D.C., obviamente motivados pelo antissemitismo, devem acabar, AGORA!", publicou Trump em sua plataforma Truth Social.
O atirador foi visto caminhando de um lado para o outro no lado de fora do museu antes do ataque. Então, ele se aproximou de um grupo de quatro pessoas e atirou, segundo informações da polícia de Washington.
A polícia foi alertada sobre o tiroteio perto do museu por volta das 21h (22h em Brasília). Quando as autoridades chegaram ao local, encontraram uma mulher e um homem inconscientes e sem respiração. Apesar dos esforços da equipe, eles não sobreviveram.
As vítimas foram identificadas como Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim. Eles eram um casal jovem que planejava se casar em breve, segundo o embaixador israelense nos Estados Unidos, Yechiel Leiter.
O suspeito, identificado como Elías Rodríguez, de 30 anos, foi preso. Ao ser algemado, ele teria gritado "Palestina livre", segundo a polícia. As autoridades acreditam que ele é o único responsável pelo ataque.
O embaixador de Israel, Danny Danon, classificou o incidente como um ato de terrorismo antissemita. "Prejudicar a comunidade judaica é cruzar a linha vermelha. Estamos confiantes de que as autoridades americanas tomarão medidas enérgicas contra os responsáveis por este ato criminoso".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou o reforço da segurança das missões diplomáticas de seu país em todo o mundo. Ele atribuiu o ataque à "selvagem incitação" à violência "contra o Estado de Israel".
(Com AFP)