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Dólar cai e Bolsa ultraa 39 mil pontos após prévia de inflação menor

Do UOL, em São Paulo (SP)

27/05/2025 10h13Atualizada em 27/05/2025 20h13

O dólar fechou o dia em queda de 0,53% frente ao real, a R$ 5,645, após a prévia da inflação subir menos do que as expectativas. Já a Bolsa de Valores disparou mais de 1% e ultraou os 139 mil pontos.

O que aconteceu

Dólar comercial caiu. A movimentação mantém a trajetória de altas e baixas diárias intercaladas desde a segunda-feira da semana ada (19). A cotação da moeda norte-americana recuou ante o real desde os primeiros negócios do dia, terminando 0,53% mais barata.

O resultado compensa a perda de ontem, quando a moeda dos EUA avançou 0,52%. Na ocasião, a alta foi guiada pela decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de adiar a implementação de tarifas de 50% sobre a União Europeia para o dia 9 de junho.

Já a Bolsa de Valores brasileira fechou o dia com valorização 1,02%. O salto leva o principal índice do mercado acionário brasileiro a fechar o dia aos 139.541,23 pontos pela primeira vez nesta semana. Na máxima da sessão, a Bolsa atingiu os 140.381,94 pontos, superando o recorde intradiário.

Às 15h24, o índice subia 1,17%. A variação levava o Ibovespa aos 139.754,52 pontos. O volume financeiro da sessão ultraava a casa dos R$ 15 bilhões.

Prévia da inflação ajudou a derrubar o dólar e elevar a Bolsa. A alta de 0,36% do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) veio abaixo das expectativas do mercado financeiro, que apostava em uma variação na faixa de 0,44%.

Cenário deve interromper alta dos juros. O IPCA-15 é observado como uma confirmação de que a elevação da taxa Selic ao maior patamar desde 2006 (14,75% ao ano) é suficiente para reduzir o ritmo inflacionário.

Corte da Selic neste ano continua incerto. Ao avaliar como "benigno" o resultado da prévia da inflação, Rafaela Vitoria, economista-chefe do Inter, avalia como precipitada a discussão sobre queda dos juros agora. "Sem novos estímulos fiscais do governo, e com maior contingenciamento de gastos, o processo de desinflação pode consolidar e podemos começar a discutir a redução da Selic no final do ano", avalia.

A desaceleração do IPCA-15 pode ser interpretada como movimento da inflação em direção à meta, além de uma surpresa bem vinda em um período de final de ciclo de aumento de juros.
Leonardo Costa, economista do ASA

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