Ibovespa interrompe sequência negativa e fecha em alta de 0,56%, aos 137,5 mil pontos
O Ibovespa interrompeu nesta terça-feira, 3, sequência de quatro perdas ao avançar 0,56%, aos 137.546,26 pontos, com giro a R$ 21,8 bilhões na sessão, em que oscilou dos 136.174,84 aos 137.672,31 pontos, saindo de abertura aos 136.786,75. Nesta terça-feira, o Ibovespa inverteu o comportamento do dia anterior, contando com o apoio da maioria dos bancos (exceção ainda para Itaú PN -0,32%), mas sem o das commodities (Vale ON -0,06%; Petrobras ON +0,37%, PN -0,26%), que na segunda-feira haviam sido decisivas para mitigar as perdas do índice da B3. Santander fechou em alta (Unit +0,75%), em dia positivo também para Bradesco (ON +1,21%, PN +1,73%).
Na ponta de ganhos, destaque em geral também para ações do ciclo doméstico: Magazine Luiza (+7,44%), Cosan (+6,09%), Natura (+5,18%), Yduqs (+5,05%) e São Martinho (+5,01%). No lado oposto, JBS (-3,38%), Rede D'Or (-3,04%), Minerva (-1,56%), RD Saúde (-1,39%) e Braskem (-1,23%). Na semana e no mês, o Ibovespa avança 0,38%, colocando a alta do ano a 14,35%.
"Bolsa mostrou volatilidade na sessão, vindo em queda até a entrevista coletiva do presidente Lula - que trouxe uma fala mais política do que econômica, mas que era aguardada com alguma apreensão pelo mercado, especialmente se trouxesse algo no sentido de mais gastos públicos. Teve algo sobre crédito, mas não chegou a assustar", diz Rubens Cittadin, operador de renda variável da Manchester Investimentos. "O Ibovespa virou a partir de relato sobre efeito de arrecadação no setor de petróleo e gás, o que amparou a recuperação do índice à tarde", acrescenta o operador, destacando também a queda do dólar na sessão, o que sugere ingresso de fluxo. A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,70%, a R$ 5,6358.
Pontualmente, o Ibovespa chegou a mostrar um padrão mais acomodado em direção à hora final, com o mercado atento a declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele indicou que haverá uma nova rodada de reuniões com líderes parlamentares, neste domingo - o que esvaziou a expectativa de que a proposta para desbloquear o ime sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pudesse ser encaminhada pela equipe econômica até a sexta-feira, 6.
Haddad disse ainda que há alinhamento entre Executivo e Legislativo para dar um o mais ousado no encaminhamento das medidas que serão uma alternativa ao decreto do IOF. As declarações foram feitas após almoço no Palácio da Alvorada, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do qual participaram também os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de outros integrantes do governo.
Segundo o ministro da Fazenda, os técnicos vão apresentar a formulação mais concreta das propostas, do impacto de cada uma e respectivas implicações para o orçamento de 2025 e 2026.
Haverá também a reunião com líderes partidários neste domingo, 8, para discutir alternativas ao aumento do IOF. Ele frisou que há cuidado em evitar o vazamento das medidas para cumprir rito que garanta a aprovação.