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Sul-coreanos comparecem em número recorde para votação antecipada para Presidência

29/05/2025 09h25

Por Joyce Lee

SEUL (Reuters) - Os sul-coreanos compareceram em número recorde para a votação antecipada, nesta quinta-feira, antes da eleição presidencial da próxima semana, segundo dados oficiais, enquanto os dois principais candidatos pediam aos eleitores que os apoiassem para mudar um país em crise.

A eleição de 3 de junho ocorre após meses de turbulência política e um vácuo de poder após a destituição do ex-líder Yoon Suk Yeol por causa de uma tentativa fracassada de impor a lei marcial.

O candidato do Partido Democrático Liberal, Lee Jae-myung, líder nas pesquisas antes do início do período que proibiu as pesquisas de opinião na quarta-feira, votou em Seul.

"Para superarmos a crise atual... e recomeçarmos como uma Coreia de recuperação e crescimento, por favor, votem", disse Lee após votar ao lado de jovens eleitores em um distrito universitário.

Seu comentário foi feito depois que o Banco da Coreia cortou as taxas de juros na quinta-feira e reduziu sua previsão de crescimento para 2025 para a quarta maior economia da Ásia para 0,8%, de 1,5% anteriormente.

Na quarta-feira, Lee prometeu criar um novo Ministério do Clima e Energia para "responder à crise climática" e expandir e reorganizar o Ministério da Igualdade de Gênero e Família para promover a igualdade de direitos e tratar de qualquer discriminação reversa.

Cerca de 8,7 milhões de pessoas, ou 19,6% do total de eleitores aptos a votar, haviam votado até 18h (6h de Brasília), de acordo com dados da Comissão Eleitoral Nacional, o maior comparecimento para o período equivalente em uma eleição presidencial e em comparação com 17,6% na votação de 2022.

A Coreia do Sul tem 44,39 milhões de eleitores qualificados e a votação antecipada é permitida na quinta e na sexta-feira.

A última pesquisa Gallup Korea colocou Lee com 49% de apoio público, seguido por Kim Moon-soo, do conservador Partido do Poder Popular, com 35%, e Lee Jun-seok, do Partido da Reforma, com 11%.

Kim e Lee Jun-seok também votaram na quinta-feira.

"Sem votar, não há esperança para o país", disse Kim, que reduziu a diferença de mais de 20 pontos percentuais em relação a Lee Jae-myung no início da campanha, em 12 de maio, mas não conseguiu convencer Lee Jun-seok a desistir e apoiá-lo para aumentar suas chances.

(Por Joyce Lee, reportagem adicional de Jack Kim)

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