Juro médio no crédito livre sobe a 45,3% em abril, revela BC; cheque especial vai a 135,5%
A taxa média de juros no crédito livre ou de 43,6% em março (dado revisado) para 45,3% em abril, informou o Banco Central. Em abril de 2024, a taxa era de 40,2%.
O juro médio do crédito livre para pessoas físicas saiu de 56,3% em março (dado revisado) para 57,4 % em abril.
A taxa média cobrada das empresas foi de 23,6% (dado revisado) para 26,0% no mesmo período de comparação.
Cheque especial
A taxa do cheque especial ou de 132,2% (dado revisado) para 135,5% de um mês para o outro. Já a do crédito pessoal total saiu de 48,1% para 49,5%.
Os bancos brasileiros oferecem parcelamento de dívidas no cheque especial desde 2018, válida para débitos maiores que R$ 200. Em 2020, o BC ou a limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês, ou 151,82% ao ano.
Veículos
O juro médio no crédito para aquisição de veículos foi de 28,6% em março para 28,1 % em abril.
A taxa média no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), foi de 31,1% (dado revisado) para 31,7% entre março e abril. Em abril de 2024, estava em 28,0%.
ICC
O Indicador de Custo de Crédito (ICC) ou de 22,4% (dado revisado) para 22,8%. O índice mostra o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque.
Na prática, reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no ado e ainda em andamento.
Spread
O spread médio em operações de crédito livre aumentou de 29,4 pontos em março (dado revisado) para 31,3 pontos em abril, informou o Banco Central. A métrica representa a diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e o que é efetivamente cobrado dos clientes finais.
O spread médio no segmento de pessoa física cresceu de 41,8 pontos em março (dado revisado) para 43,1 pontos em abril. Nas operações de empresas, ou de 9,9 pontos (dado revisado) para 12,4 pontos no mesmo período.
O spread médio do crédito direcionado, com recursos da poupança e BNDES, ou de 4,3 pontos em março para 4,2 pontos em abril. Já o spread do crédito total, que inclui livre e direcionado, ou de 19,2 pontos (dado revisado) para 20,2 pontos.
Endividamento
O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ou de 48,5% em fevereiro (dado revisado) para 48,6% em março, informou o Banco Central. O recorde histórico foi atingido em julho de 2022, com 49,9%. Descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento se manteve em 30,4%, considerando a revisão do dado do mês de fevereiro.
O programa Desenrola, encerrado em maio de 2024, promoveu a renegociação de R$ 53,07 bilhões em dívidas, ou 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Ministério da Fazenda, ele levou a uma queda de 8,7% na inadimplência da população de baixa renda, público prioritário do programa. Das 15,06 milhões de pessoas atendidas, 5 milhões eram desse grupo e negociaram, somados, R$ 25,43 bilhões em débitos.
O comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) ou de 27,3% em fevereiro (dado revisado) para 27,2% em março. Sem contar os empréstimos imobiliários, oscilou de 25,1% (dado revisado) para 25,0%.