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Governo Lula anuncia R$ 400 milhões extras após universidades cortarem até gasolina

03.jan.2023 - Camilo Santana, ministro da Educação - Luís Fortes/Divulgação/MEC/03.jan.2023
03.jan.2023 - Camilo Santana, ministro da Educação Imagem: Luís Fortes/Divulgação/MEC/03.jan.2023

27/05/2025 14h16

O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta terça-feira, 27, que vai recompor o orçamento destinado às universidades federais em R$ 400 milhões.

A medida ocorre dias após universidades cobrarem mais recursos do governo federal e anunciarem uma série de medidas de economia incluindo cortes nos gastos de combustível, interrupção da compra de equipamentos de informática e agens aéreas, entre outras.

"As nossas instituições não serão afetadas por qualquer corte, ou bloqueio, ou contingenciamento no nosso orçamento", afirmou Camilo.

Além disso, o governo vai liberar nos próximos dias recursos já existentes da ordem de R$ 300 milhões e que estavam contingenciados devido a um decreto que determinava fluxo mais restritivo de rees. Com a regra, os entes podiam executar valores por mês seguindo a lógica de 1/18 avos, em vez da regra de 1/12 avos, o que, na prática, reduzia o valor disponível por mês.

"Nos próximos 2 dias será feita a transferência desse recurso para normalizar a situação até maio desse ano. A partir de agora as instituições federais ficam fora de cumprir essa regra do decreto da divisão orçamentária, ará a voltar à divisão de 1/12, normalmente, como sempre foi", disse Camilo.

O corte havia recaído sobre o orçamento discricionário das instituições, ou seja, a parcela de recursos destinada ao pagamento de gastos diversos, excluindo despesas obrigatórias como a folha de funcionários.

Os R$ 400 milhões anunciados recompõem o orçamento das universidades aos patamares previstos pelo governo no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), enviado ao Congresso. Após ar pelo crivo do parlamento, o valor havia sido cortado na Lei Orçamentária Anual, posteriormente sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Agora, com o remanejamento de recursos, R$ 400 milhões a mais estão disponíveis nos cofres das instituições. O ministro da Educação não detalhou de onde sairá o dinheiro, disse apenas que será redistribuído dentro da pasta.

Projeto de Lei

Outra medida anunciada pelo ministro foi a elaboração de um projeto de lei para dar sustentabilidade ao orçamento das universidades e institutos. Segundo Camilo, será criado um grupo de trabalho para desenhar o projeto e também para discutir padrões para as contratações feitas pelas universidades.

"Hoje tem uma lei do Fundeb, que garante o financiamento da educação básica. (Desejo) que a gente possa ter uma lei também nacional que garanta os orçamentos das nossas universidades, o ensino superior no Brasil, que é muito importante para o país", disse.

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