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Eurocético e liberal disputam eleição apertada na Polônia

31/05/2025 12h49

Eurocético e liberal disputam eleição apertada na Polônia - Candidatos chegam virtualmente empatados ao segundo turno da votação para presidente. Pleito é vital para atual governo do país e para futuro da relação com a UE.O pró-europeu e liberal-conservador Rafal Trzaskowski e o conservador de direita e eurocético Karol Nawrocki chegam virtualmente empatados ao segundo turno da eleição presidencial na Polônia neste domingo (01/04).

De acordo com a última pesquisa realizada na quinta-feira pelo instituto Opinia24, Trzaskowski tem uma vantagem mínima, com 47,4%, sobre Nawrocki, com 46,3%, com 3,6% dos entrevistados ainda indecisos, e 2,7% se recusaram a responder. No primeiro turno da votação, em 18 de maio, Trzaskowski venceu com 31,36% dos votos, à frente de Nawrocki, com 29,54%.

O segundo turno não decide apenas quem se mudará em agosto para o palácio presidencial em Varsóvia. O futuro do governo de centro-esquerda do primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, e a posição da Polônia na Europa também estão em jogo. Uma vitória de Nawrocki provavelmente significaria a continuação da atual política de bloqueio do atual presidente Andrzej Duda, que usou seu veto para impedir a maioria das reformas, especialmente a restauração do Estado de direito. Também é de se esperar que Nawrocki busque um confronto com Bruxelas. Ele está comprometido com o slogan "Polônia em primeiro lugar", rejeita a política climática e o pacote migratório da UE e é cético em relação à ajuda à Ucrânia.

Na reta final da campanha, o líder dos conservadores de direita poloneses, o presidente do partido Lei e Justiça (PiS), Jaroslaw Kaczynski, usou a cartada das críticas ácidas contra Alemanha e a EU, estratégia que garantiu alguns votos adicionais no ado.

Suposta perda de soberania

Kaczynski acusou Trzaskowski de ser a favor da alteração dos tratados da UE, o que levaria à "perda de soberania" da Polônia, afirmando durante um comício em Varsóvia nesta quinta-feira que uma expansão das competências da UE seria vantajosa para a Alemanha, acusando o vizinho ocidental de "tendências imperiais".

"Uma tendência imperial nos ameaça principalmente do leste. Na Alemanha, ela é diferente, é realizada com outros métodos, mais brandos, mas basicamente se trata sempre do mesmo: hegemonia, dominação e degradação dos outros", alertou Kaczynski.

Nawrocki também aumentou seu tom em relação ao desafiante liberal, dizendo na quinta-feira em Katowice que Trzaskowski é um "covarde e fantoche de Tusk" que seria um vassalo das fundações alemãs.

ado duvidoso de Nawrocki

Enquanto isso, Trzaskowski questiona com cada vez mais frequência: "Quem é esse Karol Nawrocki"> Hamas diz que está pronto para iniciar um novo ciclo de negociações para trégua em Gaza