Wall Street ignora preocupações comerciais e fecha em alta
A Bolsa de Valores de Nova York deixou de lado suas preocupações com a guerra comercial lançada pelo presidente Donald Trump e fechou em alta nesta terça-feira (3), também incentivada pelos bons dados de emprego nos Estados Unidos.
O índice Dow Jones Industrial avançou 0,51%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,81% e o ampliado S&P 500 subiu 0,58%.
Às vezes, no mercado de ações, "as emoções prevalecem e a lógica desaparece", resumiu à AFP Adam Sarhan, da 50 Park Investments.
"Os investidores têm a sensação de que o mercado pode subir mais" e "esperam que seja alcançado um acordo comercial" entre China e Estados Unidos, apesar do aumento das tensões, exemplificou o analista.
A Casa Branca indicou na segunda-feira que os presidentes Trump e Xi Jinping "provavelmente" conversariam esta semana, uma declaração que Pequim não confirmou.
O republicano, que levou os Estados Unidos a adotarem uma postura protecionista desde que voltou à Casa Branca em janeiro, intensificou as tensões na sexta-feira ao acusar a China de não cumprir os termos da trégua comercial negociada em 12 de maio em Genebra.
Washington e Pequim haviam chegado a um acordo para suspender temporariamente uma escalada de medidas que havia elevado as tarifas chinesas sobre produtos americanos para 125% e sobre os bens chineses importados pelos Estados Unidos para 145%.
Além disso, a Bolsa de Valores de Nova York recuperou o fôlego depois que, nesta terça, um relatório do Departamento do Trabalho mostrou um aumento inesperado nas ofertas de emprego em abril, maior do que no mês anterior.
Ao longo da semana, são esperados mais dados sobre o emprego nos Estados Unidos, entre eles os pedidos de auxílio-desemprego na quinta-feira e a taxa de desemprego na sexta.
No mercado de títulos, o rendimento dos papéis do Tesouro com vencimento em dez anos permaneceu praticamente estável em relação ao dia anterior, em 4,45%.
Entre os destaques do mercado de ações, a gigante dos semicondutores Nvidia (+2,80%) se beneficiou do entusiasmo geral e recuperou o posto de maior capitalização mundial, à frente da Microsoft (+0,22%).
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