Petróleo sobe 2% e atinge máxima de duas semanas com tensões geopolíticas
Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram cerca de 2% nesta terça-feira, atingindo o maior nível em duas semanas, já que as persistentes tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia, e entre EUA e Irã pareciam destinadas a promover a manutenção de sanções contra a Rússia e o Irã, membros da Opep+, por mais tempo.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiram US$1, ou 1,5%, para fechar a US$65,63 por barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 1,4%, para fechar a US$63,41.
"O prêmio de risco aumentou esta semana, já que a perspectiva de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, bem como um acordo nuclear com o Irã, parecem ter sido adiados por semanas, se não meses", disseram analistas da empresa de consultoria em energia Ritterbusch and Associates em uma nota.
A Rússia disse que o trabalho de tentar chegar a um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia era extraordinariamente complexo e que seria errado esperar qualquer decisão iminente, mas que estava aguardando a reação ucraniana às suas propostas.
A Rússia é membro do grupo Opep+, que inclui a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, e foi o segundo maior produtor mundial de petróleo em 2024, atrás apenas dos EUA, de acordo com dados de energia dos EUA.
Enquanto isso, o Irã, membro da Opep, deve rejeitar uma proposta de acordo nuclear dos EUA que seria fundamental para aliviar sanções.
O Irã foi o terceiro maior produtor de petróleo da Opep, atrás da Arábia Saudita e do Iraque, em 2024, de acordo com dados de energia dos EUA.
No Canadá, incêndios florestais em Alberta afetaram mais de 344.000 barris por dia de produção, ou cerca de 7% da produção total de petróleo do país, de acordo com cálculos da Reuters.
(Reportagem de Scott DiSavino e Alex Lawler; reportagem adicional de Michele Pek e Anjana Anil)