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Rússia e Ucrânia irão trocar todos os seus prisioneiros jovens e feridos

2.jun.2025 - Istambul sediou a segunda rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia para o fim da guerra - Adem ALTAN / AFP
2.jun.2025 - Istambul sediou a segunda rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia para o fim da guerra Imagem: Adem ALTAN / AFP
do UOL

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte*

02/06/2025 12h42Atualizada em 02/06/2025 15h15

Em uma nova rodada de negociações diretas hoje, Rússia e Ucrânia concordaram em realizar mais uma troca de prisioneiros.

O que aconteceu

Russos e ucranianos trocarão todos os prisioneiros de guerra gravemente feridos e menores de 25 anos. "Concordamos em trocar todos os prisioneiros de guerra gravemente feridos e gravemente doentes. A segunda categoria são os jovens soldados de 18 a 25 anos, em um formato de todos por todos", disse o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov.

Os países também aceitaram trocar 6 mil corpos de soldados de cada lado. No total, 12 mil corpos serão devolvidos para seus países de origem.

A Rússia também fez uma proposta de um cessar-fogo parcial de "dois a três dias". A trégua seria feita em alguns setores do front. A Ucrânia, entretanto, insiste em uma trégua total e incondicional, o que foi rejeitado pelos russos.

Os negociadores russos entregaram um memorando aos ucranianos com propostas para um possível cessar-fogo total. O documento apresenta duas opções de trégua, segundo a agência de notícias estatal RIA.

A primeira exigência é que a Ucrânia inicie a retirada completa de todas as suas forças de quatro regiões que a Rússia reivindica como seu próprio território. A segunda seria um "pacote" com diversas condições, como a suspensão da mobilização ucraniana, fim da ajuda militar externa, libertação de prisioneiros, revogação do estado de guerra e a realização de eleições na Ucrânia em até 100 dias.

Rússia e Ucrânia realizaram hoje a segunda rodada de negociações diretas, em Istambul. A Turquia foi a mediadora da reunião. O ministro turco das Relações Exteriores, Hakan Fidan, destacou que as discussões "serão determinantes" para o destino comum, "tanto a nível regional como mundial".

As negociações começaram em 16 de maio. Apesar de poucos avanços, os países negociaram a troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lado.

As posições de Ucrânia e Rússia permanecem em forte desacordo. A Rússia exige, entre outras coisas, que a Ucrânia renuncie definitivamente à adesão à Otan e entregue as cinco regiões cuja anexação ela reivindica e atualmente ocupa total ou parcialmente. Essas condições são inaceitáveis para Kiev, que, em troca, exige a retirada total e absoluta das tropas russas de seu território.

A Ucrânia propôs uma nova rodada de negociações antes do fim de junho. O ministro da defesa ucraniano, Rustem Umerov, reforçou que as delegações deveriam tentar chegar a um acordo para um encontro entre Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

(Com AFP e Reuters)

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