'Professor', distribuidor de armas do Comando Vermelho, morre baleado no RJ

O traficante Fhillip da Silva Gregório, 37, conhecido como "Professor" do Comando Vermelho, morreu na noite de ontem no Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Ele foi baleado na cabeça. Socorrido para uma UPA da zona norte do Rio, Fhillip teve a morte constatada na unidade de saúde.
Amante do homem afirmou que ele cometeu suicídio, mas circunstâncias do crime ainda são investigadas. O caso está a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital e a arma usada por ele no crime foi entregue à Polícia Civil.
Homem constava na lista de procurados da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Além de ter um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado, ele é considerado foragido da prisão desde 2018.
O 'Professor' era responsável pela aquisição e transporte de armas, drogas e munição para o Comando Vermelho. Conversas interceptadas pela Polícia Federal mostram que ele também era responsável por pagar propinas a policiais militares, que chegam a reclamar dos valores: "Favela grande, só manda isso", escreveu um PM, segundo relatório obtido pelo UOL.
Quem é o 'Professor'
Chefe do tráfico no Alemão. Fhillip comanda a favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte da capital. Ele foi preso em 2015 e condenado a 14 anos de prisão por tráfico e associação criminosa quando foi encontrado com 100 kg de cocaína em um sítio de Seropédica..
Foragido há seis anos. O criminoso deixou o Instituto Penal Edgard Costa em setembro de 2018 para uma saidinha e não voltou. Ele cumpria regime semiaberto e recebeu a autorização de fazer uma Visita Periódica ao Lar, que permite que presos em determinados dias fora da prisão para convívio familiar, com obrigação de retorno.
Para se esconder da polícia, ele criou um centro cirúrgico em casa. Segundo a Polícia Federal, o Professor reformou sua mansão no Alemão, onde instalou piscina, hidromassagem e um pequeno centro cirúrgico. Lá, realizou ao menos três procedimentos: uma lipoaspiração, um implante capilar e a retirada de um projétil da cabeça.
O traficante também atua como "benfeitor" da comunidade para ampliar sua influência. Entre as ações atribuídas a ele estão a distribuição de brinquedos para crianças, pagamento de médicos e remédios para moradores e o financiamento de bailes funk e shows de pagode. A PF (Polícia Federal) entende que essas iniciativas servem para consolidar seu poder e reforçar sua posição como liderança local.
Centro de Valorização da Vida
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.