Entregadores protestam após motoboy denunciar agressão de cliente na BA
Entregadores realizaram um protesto no último domingo (1º) no bairro de Pernambués, em Salvador (BA), após um trabalhador do aplicativo iFood afirmar ter sido ameaçado e agredido por um cliente.
O que aconteceu
Confusão teria acontecido por causa de divergências entre endereços. Segundo a TV Bahia, houve um desentendimento entre o entregador e o cliente em relação ao local de entrega do pedido. Prints da conversa do aplicativo de delivery mostram que o endereço do usuário divergia do endereço de entrega reado ao motoboy.
Cliente teria ameaçado entregador após ser orientado a contatar o iFood. O endereço indicado pelo app ficava no Condomínio São Judas Tadeu, no bairro de Pernambués. Porém, o cliente informou que não morava no local e enviou o endereço da sua residência, no bairro do Cabula, a 2,6 km de distância dali. O motociclista afirmou que não poderia alterar o local de entrega. Então o usuário teria ameaçado o entregador, dizendo estar indo até o local do motoboy para ele "aprender a respeitar os clientes".
Fora as ameaças, o suspeito teria empurrado o entregador no chão. Após a agressão, o motociclista foi até a 11ª Delegacia Territorial (DT/Tancredo Neves) e registrou um boletim de ocorrência. Em nota, a Polícia Civil da Bahia informa que audições estão sendo realizadas na unidade policial para esclarecer os fatos.
Mais de 100 motoboys foram até a frente do prédio do cliente para protestar. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram que houve um buzinaço e queima de fogos de artifício em frente ao condomínio situado na Rua Christiano Buys, no Cabula. Em nota, a PM (Polícia Militar) afirma ter sido acionada na noite de domingo para conter a manifestação.
O UOL procurou o iFood, solicitando um posicionamento sobre o caso. Em nota, a empresa informou que entrou em contato com o entregador para oferecer e jurídico e psicológico. A plataforma também identificou o cliente envolvido e aplicou as sanções previstas na Política de Combate à Discriminação e à Violência. O UOL não teve o à identidade do usuário do aplicativo, mas o espaço segue aberto para novas manifestações.