Topo
Notícias

BC do Japão recebe pedidos para manter ou desacelerar ritmo de redução dos títulos a partir do ano fiscal de 2026

02/06/2025 08h39

Por Leika Kihara

TÓQUIO (Reuters) - O Banco do Japão recebeu um número considerável de solicitações para manter ou desacelerar ligeiramente o ritmo de redução de suas compras de títulos a partir do ano fiscal de 2026, mostrou nesta segunda-feira a ata de uma reunião entre o banco e as instituições financeiras .

Apesar de um recente aumento nos rendimentos superlongos, um número significativo de participantes do mercado de títulos também pediu ao banco central que mantivesse inalterado seu plano de redução gradual de títulos até março de 2026.

As solicitações, feitas em uma reunião do banco central com participantes do mercado de títulos em 20 e 21 de maio, aumentam a chance de que o Banco do Japão avance lentamente na redução de seu enorme balanço patrimonial.

O Banco do Japão realizará uma revisão de seu atual plano de redução e apresentará um programa subsequente em sua próxima reunião de política monetária, em 16 e 17 de junho.

"Do ponto de vista da previsibilidade, o banco deve manter o ritmo atual de redução", disse um participante na ata sobre o plano para abril de 2026 em diante.

O banco central vem reduzindo a compra de títulos desde agosto do ano ado para cortar pela metade a compra mensal para 3 trilhões de ienes (US$21 bilhões) até março de 2026.

Embora os participantes tenham divergido quanto ao grau de redução para além de abril de 2026, vários deles pediram redução das compras mensais para cerca de 1 trilhão a 2 trilhões de ienes até o final do novo programa de redução, conforme a ata.

Uma pessoa pediu que as compras sejam reduzidas a zero, enquanto outra pediu a manutenção do ritmo mensal atual de 3 trilhões de ienes "por algum tempo".

A revisão da redução gradual ocorre em um momento delicado. Os rendimentos dos títulos públicos japoneses superlongos atingiram os maiores níveis de todos os tempos no mês ado devido à demanda fraca dos investidores, à medida que os apelos políticos por grandes gastos fiscais aumentam antes da eleição para a Câmara Alta, prevista para julho.

Muitos participantes do mercado de títulos alertaram sobre o declínio da liquidez do mercado para títulos superlongos, e alguns pediram uma resposta do banco central, de acordo com a ata.

Notícias