Ainda não tem um
email BOL? Assine

BOL Mail com até 18 GB Clube de descontos, antivírus e mais
Topo
Notícias

'Vamos para a próxima reunião (do Copom) com flexibilidade', diz Galípolo

Do UOL, em São Paulo

07/06/2025 11h48

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o Banco Central está analisando dados para decidir se mantém ou se eleva a taxa de juros. "Flexibilidade significa que nós vamos para a próxima reunião com as opções em aberto, consumindo os dados", disse ele.

O que aconteceu

Galípolo diz que tem flexibilidade nas decisões monetárias. "As duas palavras-chave são flexibilidade e cautela. Flexibilidade significa que nós vamos para a próxima reunião com as opções em aberto, consumindo os dados", afirmou em evento do Esfera Brasil, grupo de líderes empresariais, no Guarujá (SP)

Inicialmente, investidores apostavam na estabilidade da taxa de juros básica, a Selic, em 14,75% ao ano. Porém, na última semana, voltou a ganhar força a expectativa de mais uma alta, de 0,25 ponto porcentual. A próxima reunião do Copom acontece nos dias 17 e 18 de junho.

"Todo mundo pode apostar no que quiser, é assim que funciona o mercado. Mas se você entendeu por flexibilidade que a gente vai fazer ou não vai fazer algo, por sua conta e risco, nós vamos aberto", afirmou.

Ele afirmou que, enquanto o BC pode tomar as decisões sobre a política monetária e juros, a política fiscal, de gastos, depende de conversas de vários agentes.

Na economia também, toda decisão que você toma vai desagradar alguém, não tem jeito. Mas o Banco Central, a política monetária, consegue tomar essa decisão, ainda que ela gere críticas. Na política fiscal, ela demanda mesmo esse tipo de negociação com diversos atores, outros ministérios, poder legislativo, poder executivo. Então, esse processo tem que ser construído.

Questão fiscal é responsabilidade de todos

Galípolo também falou sobre as discussões em torno dos gastos do governo e da política fiscal.

Eu acho que a boa notícia que todos nós temos é essa disposição que existe, do Executivo e do Legislativo, junto, discutindo, de você avançar no setor privado, que também está na mesa, com uma agenda estrutural que possa sinalizar uma sustentabilidade do ponto de vista da dívida e das contas públicas.

Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), também falou sobre a necessidade de diversos atores trabalharem para encontrar soluções para a questão fiscal de gastos do governo.

A situação que a gente se encontra agora é a seguinte, ou por bem ou por mal, nós entendemos que é hora de fortalecer o caso da nossa embarcação, é hora de fazer fiscal de verdade.
Segundo ele, Câmara, Senado, presidente da República, ministros e até a sociedade precisam estar na discussão.

Nós estamos com gastos tributários elevadíssimos. A sociedade precisa dar sua contribuição do ponto de vista do empresariado também. Nós temos que rediscutir isso, porque isso tem peso orçamentário. São R$ 600, R$ 700 bilhões de renúncia fiscal. Então, a discussão é uma discussão que não pode ficar exclusivamente no colo do governo federal.

A gente está vendo uma necessidade premente do Estado brasileiro, no curtíssimo prazo, não é no médio e longo prazo, de fechar as contas para 2025 e 2026.

Notícias